terça-feira, 22 de novembro de 2011



"Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei."

Caio Fernando de Abreu


“Tenho medo de não conseguir manter minhas ideias, meus pontos de vista, minhas escolhas. A minha cabeça é como um guarda que não permite que eu estacione em local algum. Eu fico dando voltas e voltas no meu cérebro e quando encontro uma vaga para ocupar, o guarda diz: circulando, circulando . Você está me entendendo? Eu não tenho área de repouso. Raramente desligo, e quando isso acontece, não dá nem tempo para o motor esfriar.”

(Martha Medeiros)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


"Se todos soubessem o peso das palavras, dariam mais valor ao silêncio."

Arthur Oliveira

terça-feira, 8 de novembro de 2011


"Nunca é tarde, às vezes é apenas cedo demais. Eu tenho que entender isso. Aliás, eu tenho que entender tantas outras coisas. Muitas, muitas. Mas deixo acontecer, é só o que sobra. O tempo não fala, ele grita silenciosamente… e ensurdece."


Caio Fernando Abreu

"A gente nunca sabe o que é melhor, nunca sabe que decisão é mais certa, que caminho é mais seguro. Se é que há caminho seguro nessa vida!
O amor não basta? Será que mágoa não tem cura?
Ou talvez eu seja alguém realmente difícil, talvez eu tenha aquilo que chamam de orgulho, mas não, não é. Eu sei que me sinto revirada por dentro, minhas idéias são contrárias e se misturam de forma que nunca entendo!
Só sei que é dele que eu gosto. É dele o meu último pensamento da noite e o primeiro do dia. É pensando nele que escrevo e pertence a ele a lágrima que cai e molha o papel. É o cheiro dele que sinto quando a saudade aperta, é da risada que lembro, é do filme com pipoca agarradinhos no sofá.
Porque eu sei que eu não caibo em outro abraço."

Simone Oliveira

"Nem todo mundo hoje consegue ver a beleza nas miudezas! Nem todos conseguem ler o que dizem os olhos, traduzir em palavras um sentimento que beira sair, mas pára no olhar. Difícil ver no sorriso a intensidade da alegria. Ver no andar o grau da leveza.
Difícil mesmo pessoas que encantam, pessoas que abraçam e pronto: isso basta! Gente que sabe o que é sentimento. Gente delicada e doce.
Gente que gosta de mandar cartas e esperar ansiosamente pela resposta: o selo, o cheiro do papel, a forma da letra, as miudezas de um simples envelope! Uma história embalada que viaja ao seu destino!
Gente que senta e espera pra ver o pôr-do-sol, pessoas riquíssimas de coração e simples de espírito. Serenas, sempre serenas...
Que numa das viradas desse mundo tão perdido e torto essas pessoas mágicas possam se encontrar!"

Simone Oliveira

Eu nunca quis um amor perfeito ...


"Ainda que fosse só a boa conversa, a química eletrizante, o sexo livre. Ainda que fosse só a atração física, a admiração das ideias ou os beijos encaixados.

Você já me valeria a pena.
Mas não é. Tem isso e ainda todo o resto. Escuto as pessoas se queixarem repetidamente que o amor completo anda escasso no mercado. Encontra-se, às vezes, só a beleza, a afinidade ou o sexo inesgotável. Falta o resto. Ou ainda, a paciência, o companheirismo, o aconchego. Mas a incompletude, ainda sim, reina. E os pessimistas, dizem que não é possível achar alguém do jeitinho que você quer. Alguém que te complete, que te baste, que te encante repetidamente. Eu, insisto no contrário. Porque amores incompletos, não saciam a fome. É como uma dieta só de proteína – você se sustenta por um tempo, se engana, inventa que o buraco no estômago está saciado – bebe água, fuma um cigarro. Mas, a falta de carboidrato, cedo ou tarde, pega. E você volta pro início.

Eu nunca quis um amor perfeito.
Sempre quis mesmo foi um amor cheio de erros, que vão sendo alinhados durante o caminho. Porque se tudo já começa certo, não vive-se o prazer da vitória.

Sempre quis um amor quentinho, daqueles de aconchego no fim de tarde, de colo depois de um dia de cão, de beijo no nariz ao acordar.

Sempre quis um amor livre – sem a ideia desajustada que um pertence ao outro. Com menos regras ditadas – e mais pontos de vista ouvidos.

Sempre quis alguém com o qual pudesse fazer sexo sem regras – em nome das descobertas. Porque sexo bom de verdade, é aquele com instinto e sem razão.
Sempre quis um amor com respeito. Não daquele tipo das “moças de respeito” que querem seu patrimônio corporal preservado. Sempre quis aquele respeito que te permite ver o outro como um outro ser – cheio de vontades e desejos. Respeito é aceitar que o outro é diferente de você.

Sempre quis um amor que me fizesse crescer. Por que o essencial, faculdade nenhuma ensina. O essencial aprende-se na troca de ideias, no debate, nos pontos de vista trocados.

Sempre quis um amor que me valorizasse. Não somente pelas coisas cotidianas, mas principalmente pelas qualidades que poucos enxergam.

Sempre quis um amor que me enxergasse. Mas não que enxergasse somente as coisas óbvias – porque, de obviedades, a vida está cheia. Sempre quis alguém que me enxergasse lá no fundo – e, ainda, sim, gostasse de mim.
Sempre quis alguém que quisesse ouvir verdades – e falar, também, na mesma proporção. Porque meias-verdades não interessam. Difícil mesmo é achar alguém que esteja pronto pra ouvir até o mais pesado, até o mais doído e retribuir na mesma moeda.

Sempre quis alguém que me achasse gostosa – mas que entendesse que gostosura, mora mesmo nas entrelinhas.

Sempre quis um amor que me mostrasse caminhos – invés de impor trajetórias.

Sempre quis um amor que não me reprimisse – pelo contrário, que me provocasse para que eu conseguisse mostrar o que vive escondido lá no fundo.

Sempre quis um amor que sonhasse. E que corresse atrás dos sonhos comigo. Não por imposição, mas por vontade de seguir a mesma trilha.
Sempre quis alguém que não tivesse jeito pra joguinhos. Porque deles, eu já me desencantei na adolescência.

Sempre quis alguém que me ganhasse nos detalhes. Alguém no qual eu não conseguiria resistir. Alguém que trouxesse brilho pros meus olhos a cada nova atitude, a cada nova ideia a cada novo sorriso.

Sempre quis alguém pra ficar junto – alguém que entendesse que pra estar junto não é preciso estar perto o tempo todo, mas sim do lado de dentro. Por que a proximidade física nem sempre completa tanto quanto a do coração.

E não sei se foi por insistência ou merecimento – mas esse amor veio antes do esperado, contrariando os que diriam que amor completo é coisa rara. E hoje, entendo, que o amor bom é o amor livre – que se recicla todos os dias como energia renovável. O quanto vai durar – não sei. Prefiro a provisoriedade completa, do que a permeabilidade vazia."

Jaque Barbosa

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


“A vida tem uma sabedoria que nem sempre alcanço,mas que eu tenho aprendido a respeitar,cada vez com mais fé e liberdade.”

Ana Jácomo*

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


''A beleza agrada aos olhos,
mas é a doçura das ações que encanta a alma.''


Voltaire

''O jeito, no momento, é ver a banda passar, cantando coisas de amor. Pois de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.
(...)
Coisas de amor são finezas que se oferecem a qualquer um que saiba cultivá-las, distribuí-las, começando por querer que elas floresçam. E não se limitam ao jardinzinho particular de afetos que cobre a área de nossa vida particular: abrange terreno infinito, nas relações humanas, no país como entidade social carente de amor, (...) todos que viram a banda passar, e por uns minutos se sentiram melhores. E se o que era doce acabou, depois que a banda passou, que venha outra banda, Chico, e que nunca uma banda como essa deixe de musicalizar a alma da gente.''

Drummond

terça-feira, 1 de novembro de 2011



''É maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma. Sem estarmos enclausurados em nós mesmos, é certo que aumentamos as chances de sentir um monte de coisas, agradáveis ou não, mas o melhor de tudo, é que aumentamos as chances de sentir que estamos vivos.


Podemos demorar bastante para perceber o óbvio: coração fechado já é dor, por natureza, e não garante nada, além de aperto e emoções mofadas.


Como bem disse Virginia Woolf, “não se pode ter paz evitando a vida.”


Ana Jácomo